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EDIÇÃO 161 - MARÇO/ABRIL 2018

PAI E MÃE: MODELOS ESPIRITUAIS A SEGUIR?

A criação dos filhos não se limita ao momento presente. Como pais, estamos preparando-os para o futuro também, por isso é importante avaliar o nosso caráter na conduta dos filhos. O caráter determina, na maioria das vezes, como uma pessoa se sairá na vida. Todo o processo da vida tem a ver com o que somos e como nos comportamos. Percebemos que muitas falhas na conduta dos filhos têm a ver com as fraquezas do caráter.

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A palavra caráter tem um significado diferente para cada pessoa. Caráter pode significar comportamento moral ou integridade. Geralmente, usamos essa palavra para descrever a constituição do ser humano, seu jeito de ser. Caráter refere-se à capacidade de um ser humano, seu comportamento nos relacionamentos e a maneira de pensar.


Por que falar de caráter? Porque a criação dos filhos, tendo os pais como modelos, passa pelo caráter. Quando investimos nos filhos, se o nosso caráter for bom, nós os influenciamos positivamente, e isso traz segurança, respaldo, satisfação e crescimento. 


No livro Limites para ensinar aos filhos, Henry Cloud diz que um dos maiores objetivos na criação dos filhos é ajudá-los a desenvolver um caráter que lhes garanta um bom futuro. Ele diz que os hábitos que as crianças aprendem no início da vida, ou seja, o caráter, se repetirão mais tarde. O caráter sempre se forma por meio do relacionamento. 


Exatamente por isso, não podemos desprezar o nosso papel como modelos da graça divina na formação do caráter dos filhos. Claro que lidamos com a questão de sermos humanos, filhos de Adão e Eva. Falhamos, pois somos pecadores. Temos as debilidades normais de seres humanos, mas isso não tira de nós o papel de sermos os mentores, os educadores e formadores espirituais dos filhos. 


Temos de investir na formação dos filhos porque temos a responsabilidade de ser os modelos espirituais deles em todo tempo. Eles devem olhar para o nosso caráter, que é formado pela vida cristã séria, comprometida com as Escrituras Sagradas e com a oração. 


Eles devem seguir nosso modelo como pessoas que andam com Deus, que o temem e têm as Escrituras no jeito de viver em cada detalhe da jornada diária.


Gosto demais das dicas que Kevin Leman dá para sermos pais ideais. Deixo algumas delas que vi no livro Doze lições para ser o pai ideal. Creio que são preciosas para nós. Mesmo dentro das nossas limitações, podemos ser esses modelos espirituais para os filhos.


Sejamos modelos olhando para a paternidade de Deus
Todos queremos ser pais bons e esperamos que os filhos sejam obedientes e sigam o padrão correto no caráter e na vida. Ser um pai de Deus não quer dizer que precisamos ter filhos perfeitos. Bem, Deus é perfeito em absoluto e tem filhos imperfeitos como nós. 


Paternidade não é a mesma coisa que perfeccionismo. O fato de querermos ser perfeitos e termos excelência em tudo que realizamos não quer dizer que os filhos serão 100% perfeitos. 


Leman sugere que trabalhemos a disciplina da realidade. Ela ensina a autoridade de modos que se fixam na vida dos filhos. As crianças devem aprender tomando decisões e vivendo a realidade dos seus erros e fracassos, como também os seus sucessos. Assim, eles verão as qualidades de caráter de maneira melhor em nós como pais. 


Basta sermos modelos de caráter bíblico. Vejo isso na vida de Jacó, com todos os seus defeitos. Ele, de alguma maneira, ensinou uma vida de caráter para José. As ações de José no Egito mostram que ele aprendeu uma conduta de honestidade, santidade e verdade com seu pai. Jacó foi um modelo de santidade e relacionamento com Deus para a vida do seu filho José. 


Quando cumprimos a vontade de Deus em ensinar a criança a andar no caminho desde cedo, ela receberá os valores no seu interior para agir em determinados momentos da vida com os valores das Escrituras no coração. Não precisamos ser superpais para mostrar a paternidade divina para os filhos. Não somos os donos dos filhos, somos filhos do Pai Eterno, e Ele nos emprestou os filhos para mostrarmos o significado da paternidade e para ensinarmos o temor diante de Deus.  


Kevin Leman diz algo muito importante: os filhos não são nossa propriedade; eles são de Deus. Nessa perspectiva, não viveremos querendo ser protetores e não seremos os últimos bastiões divinos para que os filhos sejam os perfeitos em tudo. Na busca pela paternidade, haverá erros, acertos, chateações, vitórias e derrotas. 


A nossa grande luta não é que os filhos ouçam o que temos a dizer sobre Deus, mas vejam o quanto imitamos o Pai para que eles vejam a nossa vida na presença d’Ele de maneira sincera.


Uma dica preciosa nessa busca é orar com os filhos todos os dias, pedindo juntos para que nos pareçamos cada vez mais com o Deus Pai. Os lares devem ser reflexos do amor de Deus. Temos a autoridade sobre os filhos, mas ela deve ser exercida na perspectiva da paternidade divina. Isso deve gerar liberdade na vida dos filhos pela ação da graça divina.

Criemos os filhos encorajando-os sempre
Os filhos precisam viver num ambiente de amor, de aceitação e de crescimento. Vemos que em alguns lares os pais xingam, menosprezam seus filhos e falam palavras que os diminuem. A Bíblia afirma que boas palavras edificam o coração. Boas palavras produzem vida naqueles que nos ouvem. Pais precisam criar os filhos com uma boa autoimagem. Isso faz com que eles se sintam seguros e capazes nas adversidades da vida. 


Quando criamos uma identidade por meio da espiritualidade sadia, produzimos, pela graça divina, valores internos nos filhos que os tornam pessoas capazes, seguras e equilibradas. 


Como é precioso criar ânimo e coragem nos filhos, colocá-los para cima, ajudá-los a enfrentar os desafios com força e dinâmica na vida. 


Quando somos motivados, quando temos boa estima, refletimos isso nos filhos. Podemos ter certeza que, se tivermos uma autoimagem negativa de nós mesmos, os filhos serão o nosso reflexo.
Kevin Leman diz: “Crianças com autoimagem saudável são responsáveis e capazes, confiantes, mas não arrogantes. São sensíveis às necessidades do outro, mas não capachos. Elas tentam fazer sempre o melhor, mas não buscam o perfeccionismo”.


A realidade de sermos pais não é algo fácil. Precisamos do Edificador divino para nos dar sabedoria, discernimento, paciência, amor, compreensão, maturidade para saber qual a hora de disciplinar. Humildade para pedir perdão quando falharmos na educação e ensino deles. Precisamos de direção espiritual para sermos os modelos divinos para os filhos. Não seremos jamais os pais perfeitos, mas tentaremos buscar o equilíbrio na Palavra divina, para que reflitamos minimamente o caráter de Cristo, para que os filhos nos vejam como seus mentores espirituais e assim desenvolvam uma vida serena e sábia.


Que o Eterno Deus nos dê a graça para sermos os modelos dos filhos e que o nome d’Ele seja glorificado em nossa vida sempre!

ALCINDO ALMEIDA

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Jaime Kemp

O lugar mais importante

Nosso lar é o lugar mais importante da nossa vida. Ele é a base: se tudo vai bem em casa, suportaremos o que vier em outras áreas. É em casa que desenvolvemos um ambiente de paz e adoração a Deus. Em casa aprendemos a servi-lo e amá-lo. Desenvolvemos nosso caráter e compromisso com a obra de Deus.

Luciana Piiragine

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