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Quando a solução é não ter solução

Estamos vivendo um tempo em que as informações se multiplicam. Segundo David Russell Schilling, até 1900 as informações se multiplicavam a cada século; até o final da Segunda Guerra, a cada 25 anos; atualmente, a cada 12 meses; no futuro, talvez a cada 12 horas. 

Em vista dessa realidade, surgem algumas reflexões: será que diante de tanta informação temos conseguido gerar conhecimento ou transformar informação em conhecimento? 

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EDIÇÃO 167 - MARÇO/ABRIL 2019

 Estamos preparados emocionalmente para tanta informação que não conseguimos processar? Para onde temos sido levados como indivíduos e família? 


As estatísticas alertam que, por meio do crescimento das atividades e da aceleração do pensamento, se produz um estresse severo nos seres humanos, que não sabem o que fazer com sua vida emocional. Além disso, temos percebido que esse estresse desencadeia transtornos psiquiátricos, podendo levar as pessoas ao suicídio. Para cada suicídio hoje, há entre 10 e 20 tentativas, ou seja, quem tentou suicídio está vulnerável. Outro alerta: quase 100% das pessoas que se suicidaram enfrentavam algum problema mental – a maioria, depressão. Quem está sofrendo depressão ou outro transtorno deve receber maior atenção.


Os seres humanos estão perdendo seus limites em nome de uma produtividade desenfreada e por ter uma vida totalmente dissociada dos valores e crenças, sejam espirituais, sejam emocionais ou físicos. Pessoas estão adoecendo psiquicamente e podemos perceber isso por meio de palavras como: não aguento mais, prefiro morrer, eu quero morrer, ninguém me entende, melhor eu sumir. 


Outro ponto são as  mudanças inesperadas. Uma pessoa fragilizada por uma depressão ou outro problema psíquico dificilmente terá condições de encarar uma mudança inesperada, como perder um emprego que considerava muito importante. Alguém tinha um hobby e abandona tudo, era supervaidoso e fica desinteressado até de si mesmo.


Nossa sociedade não treina as pessoas desde cedo para passar por frustrações, e quando isso acontece, parece que o mundo delas desaba. Logo se apresentam sintomas de isolamento, solidão, sentimento de que ninguém as entende,  trancam-se no quarto, não falam com ninguém, já que não conseguem expressar seu sofrimento de uma forma clara, não acham palavras e partem para a falsa solução imediata, que é a tentativa de suicídio, e o maior perigo não é quando só falam, e sim quando planejam; a vida perde a cor e a depressão toma a liderança. 


Somente 15 a 20% dos gravemente deprimidos vão se suicidar, mas a depressão severa ainda é a maior causa do suicídio. Por isso, é preciso ficar atento quando a pessoa demonstra zero interesse na vida ou nos outros. Para a pessoa deprimida, o mundo deixa de ser colorido, é cinza, a desesperança aparece, a autoestima abaixa, há um desinteresse por todos e ela fica muito voltada para ela mesma. Isso é um alerta de urgência.


Quando nos voltamos para a Bíblia, percebemos que Deus também leva a sério os sofrimentos do ser humano. Por um lado, porque é um Pai amoroso; por outro, por entender que o sofrimento tem um fundo didático e pedagógico para cumprir seus propósitos.


Jesus nunca disse que não passaríamos por aflições, mas Ele prometeu sua presença conosco todos os dias. Deus tem nos dado recursos espirituais e emocionais para enfrentarmos nossos maiores inimigos, mas o que vemos são pessoas tentando resolver seus problemas sem os recursos providos pelo Conselheiro, Deus Forte.


 Até o trono de Deus é trono de graça, demonstrando que o trono é caracterizado pela graça de Deus, e podemos chegar com sincero coração de confiança. Isso demonstra que o trono está sempre à nossa disposição como um privilégio, tendo a certeza de que vamos receber a misericórdia e acharemos graça (a solução de Deus) no tempo certo. 


“Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna” (Hebreus 4.16). Isso significa que receberemos a coisa certa no tempo certo. Não limite Deus com suas crenças limitantes de valores e pensamentos, pois Ele usa situações para nos prover do que precisamos e não o que queremos.


Podemos lembrar ainda que os atributos de Deus não lhe permitem ser e agir como o coração do homem. Sua compaixão é infinita: “Pois a tua misericórdia se eleva até aos céus, e a tua fidelidade, até às nuvens” (Salmos 57.10).


Ainda que pareça que a esperança desapareceu, lembre-se de que Deus nunca nos abandonará. A Bíblia diz em 2 Coríntios 4.8-9: “Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desesperados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos”. Para Deus, como você se sente de dentro para fora vale muito (Romanos 12.3).


Pensar que a melhor solução é a morte significa que a solução não é solução, e sim uma fuga egoísta tentando resolver um problema da maneira errada, só pensando em si. Pelo contrário, busque a verdadeira solução que Deus provê para cada situação: “Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar” (1 Coríntios 10.13).


Podemos passar por lutas, e Deus as usará para nos aprovar como obreiros, mas tenha certeza de que Deus nunca nos deixará, pelo contrário, Ele já proveu tudo de que precisamos, em qualquer área, para construirmos a verdadeira felicidade, apesar das tempestades da vida que enfrentaremos.


A melhor solução é a que Deus sempre provê em cada situação. Não desconsidere a provisão de Deus, pois Ele tem a última palavra em sua vida.

  LUIZ HENRIQUE DE PAULA  

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